terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Querência das braba

 Meu Deus que parece que quanto mais eu durmo, mais cansada eu fico. 

Acordei super disposta hoje a voltar a dormir. Se eu conseguisse, até tentaria. Mas tõ aqui bravamente tentando um ritual de invocação de disposição, porque senhor amado, dói tudo e a fadiga tá de matar. Hoje três dos quatro grupos de hóspedes vão embora e tem o último pet sitter, então basicamente já posso me considerar de férias. Férias, haha. Como se eu trabalhasse tanto assim e como se mesmo sem um trabalho que me pague, eu não trabalhasse tanto todos os dias. Mas vocês entenderam. 

Para o Ano Novo tenho exatamente nada de clientes, o que por um lado é bom, porque eu nunca curti ficar esperando o reloginho virar, me massacrando para ficar acordada até a noite. E também é bom porque a grande esmagadora maioria dos hóspedes tem medo de fogos, e aí eu TENHO que ficar acordada até bem mais que meia noite pra ficar vendo como eles estão e acudindo os desesperados. Aqui no interior não tem muito, mas tem... poucos dos meus filhos aqui tem medo, então é bem mais tranquilo e dá pra ficar de boa. Eu lembro que teve um ano que a gente tava tão cheio de hóspede, que nós três ficávamos fazendo ronda a toda hora, com os vidros fechados, ventiladores no talo pra abafar o barulho e também pelo calor, musiquinha relax, algodões no ouvido e foi um caos. Era sempre um dia muito longo, porque a gente já tava na lida desde muito cedo e não tinha hora pra dormir. Dessa parte eu não tenho saudades. 

Mas né, sabendo que o povo gosta de festar no Ano Novo, é meio triste saber que ninguém dessas pessoas lembrou da gente. Mas tudo bem, me aguarde. Eu vou levantar essa baiuca de novo e se Deus quiser daqui um ano vou ter que chamar até gente pra ajudar. Ou quem sabe aconteça algo completamente diferente e eu esteja feliz da vida vendendo limonada. A vida tem dessas surpresas. 

Vamos ver se hoje eu volto a estudar minhas coisas, transcrever meu curso e ver mais um pouco daquele do Neilzin. Eu tomo cuidado com esse porque é eu ver aquele bagulho, me dá uma vontade louca de escrever - ou seje, não posso assistir aquilo em qualquer horário remotamente perto da hora que eu pretendo dormir ou é insônia na certa. E tem duas noites só que eu tenho dormido direito, não quero abusar da sorte. 

Eu me acho meio retardada porque quando eu começo a ficar bem, eu quero fazer tudo e quero fazer tudo ótimo. Isso é um perigo, porque querendo fazer tudo ótimo, eu provavelmente vou começar a procrastinar e ficar frustrada e acabar não fazendo nada porque me cobrei muito. Então o foco ainda está sendo transcrever meu curso, erguer meu negócio - ainda que tenha um monte de ações pra isso que eu nem parei pra pensar direito. Mas tudo isso enquanto mantenho os pratinhos girando por aqui. Então não quero inventar muita moda, tenho que dar uma segurada, porque quando eu tô assim eu acho tudo interessante. Quero aprender a tocar meu ukulele, quero melhorar meu canto, quero voltar a escrever meus contos, quero deixar a casa em ordem, quero tomar minha tintura direitinho, quero dar as tinturas específicas pros gatos que precisam (e aqui entenda que pra isso eu preciso isolar esses gatos em cada tomada), quero terminar minha cortina, quero fazer a fonte verde, quero fazer o curso que eu achei do Neil, quero ler mais sobre ocultismo, quero ter clientes a ponto de ter uma segurança financeira e quero ter tempo pra ler meus livros. Várias coisas dessas são pontuais e poucas são obrigações, e nem quero que seja. Quero respeitar meu tempo, meu processo, meus dias ruins e tudo isso. Um dia eu consigo, no outro não e tá tudo bem, tem que estar tudo bem. É uma cobrança ridícula que já deu mais do que hora de eu me livrar. 

Mas é isso aí, me deseje sorte.

Até amanhã, quem sabe.

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