No meu país, faz sempre o maior calor no Natal. Exceto claro na minha cidade, que todo ano surpreende. Aquele vestido que você comprou especialmente pra ceia? É, não vai dar, começou a chover.
O pinheirinho da maioria das casas que conheço não se parecem com pinheiros de verdade e se não me engano, também são de plástico.
Papai Noel não suportaria um dia no Brasil com aquela rouparada toda, nem mesmo aqui (continua chovendo)
Os únicos bonecos de gengibre que vi na vida ou são amigos do Shrek, ou são de pelúcia.
Minha casa não tem chaminé. Isso faz com que eu também não tenha uma lareira onde pendurar minhas meias pra que Papai Noel as encha com presentes.
E sinceramente, eu gostaria de que meus presentes não coubessem todos dentro de uma meia.
Ao que parece, cantar "bate o sino" dentro das casas foi proibido pelo governo um pouco depois de eu ter nascido. Porque além de nunca ter cantado esta, acabei aprendendo uma outra, aquela versão sobre papel, jornal e outras coisas. Protesto típico.
Isso tudo sem falar no tal do Chester, que ninguém nunca viu andando pelo zoo.
Pelo menos os pisca-piscas e as propagandas da Coca Cola são reais.
Eu acredito num mundo onde os ursos polares tomam refrigerante. Onde o Papai Noel passa impertubável pelo nosso calor com aquelas roupas peludinhas, pilotando seu trenó cheio de significados. Acredito num mundo com chaminés para presentes. Em presentes maiores que as meias.
Acredito na magia que faz a gente esquecer por um momento que amanhã tudo vai voltar ao que era antes, e não tenho dúvida que vai ser mesmo tudo igual, só que mais bonito.
E ano que vem, quando a gente estiver quase por desistir de novo, oba, é Natal outra vez.