sexta-feira, 15 de abril de 2011

De lembrança

TEM HORAS que o único jeito é parar com tudo e se coçar.
E é isso que resolvi fazer agora - coçar a coceira marvada. Aquela coçada com gosto.
Ok, eu vou falar a verdade. 
Eu tenho uma pulga. Não de circo, aquelas legais adestradas que fazem barulhinho, nem de estimação. É daquelas que morde pequenininho e dá coceira. 
Ganhei de presente.
Acho que é porque não me guento nunca, e agarrei um cachorro muito simpático ontem enquanto esperava minha mãe sair do salão. 
Talvez eu não devesse ter sentado na rua e deixado ele sentar no meu colo. Mas eu não resisti. 
Aqueles olhos enormes e lindos. A fuça que parecia um bombom. 
O nome dele era Borges. 
Tão simpático e gentil. Até me deixou uma pulga de lembrança.

Um comentário: