quarta-feira, 9 de março de 2011

É cada uma...

SENTA aí e escuta o que eu tenho pra te falar - ela dizia enquanto circulava devagar pela cozinha. Encostou no balcão e começou:
- O seu amor? Eu não quero! E também não preciso dos seus cuidados, nem da sua amizade, nem dos seus conselhos. Não preciso nada, você tá entendendo? Posso muito bem me virar sozinha sem suas incríveis idéias de jerico...
- Ok. - a outra respondia, enquanto pensava que também ela tinha em mente algo melhor para fazer da vida que ficar ali ouvindo essas abobrinhas. - Acabou? Isto é tudo?
- Se eu tiver sido suficientemente clara pra você...
- Sem dúvida. Você já pode ir. Boa noite. - e coçou a coceira imaginária que surgiu entre seus cabelos enquanto conferia as tábuas do chão.
Foi impossível não ouvir os passos duros e a porta que bateu logo depois.

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