terça-feira, 29 de março de 2011

Sala de espelhos

EU NÃO SEI como vim parar aqui.
Abri os olhos e estava ali, no meio daquela montoeira de espelhos.
Vi meus problemas se esticarem,
  vi meus medos ficarem bem mais gordinhos do que eu me lembrava.
Olhei pro lado e me vi toda pequena,
  e do outro lado minha própria mão tava querendo me tapar a boca.
Só não achava por onde sair
Eu dava a volta por ali, e voltava pro mesmo lugar.
Era uma dança de ilusões, sentimentos e reações que sempre me traziam de volta.
  Pro mesmo lugar.
  Pro mesmo lugar.
  Pro mesmo lugar.

Um comentário:

  1. Espelhos podem sempre ser quebrados. Ainda que isto possa resultar em alguns machucados. Aí cicatrizamos e não somos mais perseguidos por aquela imagem deformada de nós mesmos. Por outro lado a sala fica mais vazia.

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