terça-feira, 11 de outubro de 2011

Pra frente

Totalmente consciente do caminho, ele ia. Não precisava ninguém dizer que ele fugia, apesar que seria de grande ajuda se grudassem as mãos na sua camisa, dessem com as costas dele em alguma parede áspera e dissessem de que ou pra onde ele fugia. Ele continuava apenas indo, seguindo o que já tinham dito que era intuição ou instinto, ou um outro nome bonito que também servisse de desculpa pra ele não parar. 
Ignorou as ofertas de café e chá que encontrou pelo caminho e nem mesmo aceitou as bolachas. Ensaiou um sorriso ou outro (obrigado), mas de verdade não estava muito preparado pra conversar. Não iria fugir também da conversa, nem do tema (seja lá ele qual fosse), só continuava andando porque achava que isso era o melhor a oferecer no momento. E com certeza ainda era melhor do que sentar naquele banco fresco embaixo da fresca sombra daquela árvore logo ali. Deu uma beliscadinha no braço pra afastar a idéia e continuou. É melhor mesmo seguir em frente. 

Um comentário:

  1. Sempre bom seguir em frente, pena que às vezes a gente tem tanta dificuldade em conseguir.

    :)

    Beijo Geo!

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