terça-feira, 25 de outubro de 2011

Motim na noite de Curitiba

E no meio da noite, com a luz do poste entrando pela janela, ele desapareceu. 
Só o travesseiro amassado podia confirmar que o sono tinha mesmo estado ali um pouco antes.
Saiu e levou embora com ele todo o ideal de repouso e descanso que a dona tinha imaginado pra ela antes de deitar.
Pulou pra rua e foi andando e sem querer puxou com ele o fio de toda imaginação que ela guardava dentro da cabeça. 
Enquanto a linha se soltava acendia uma e outra (e outra) luzinha da idéia. E ela ficaria piscando sem fim suas luzinhas até que a noite fosse embora. Até o cansaço vencer a briga no tapa.
E no outro dia, ao perguntar porque raios a idéia não sossega quieta pra se manifestar depois, outra hora (em um horário de família de preferência), a cara-de-pau ainda alegou legítima defesa, já que não pode geralmente ser ouvida (de forma satisfatória, enfatizou) durante o dia, de tanto que a dona arruma o que fazer. 
Meu palpite gira em torno de uma ação em conjunto. Talvez um motim. Estamos aguardando o resultado das investigações.

Um comentário:

  1. certa vez ele sumiu para mim tambem, por isso meu solitario blog foi assim batizado... ate um dia em que desencanei, fui buscar outra coisa para fazer, aproveitar para ler os livros que nunca tinha tempo para ler-- quando estava gostando da ideia ele voltou. beijos

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