sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dia 1


Quando acordei estava estirada no chão. Dei uma conferida. Não, não estava morta.
Por algum motivo tinha ido dormir no lugar errado.
Tudo em volta era bagunça e esquecimento, como se interditado três anos atrás por um tiro que saiu pela culatra.
Quanto tempo eu tinha passado aqui, eu não sabia.
Ao andar pela casa, pisava e me lembrava um pouco, até que um punhado de cacos me trouxe à tona.
E como se ele dissesse meu nome eu o deixei cair no chão e fui procurar por mais.
Com sede do passado, desesperadamente eu bebia. 
Eu me lembro, eu me lembro.

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