menina de tudo, tão doce, tão linda. (menina)
Menina no seu mundo e suas flores,
com sua poesia que carregava em um caderno para todo lugar.
E todo lugar era sua casa porque ela era parte de cada lugar.
Cada planta tinha um pouco do seu brilho
e sua vida ela emprestava a cada ser vivo que passasse em frente.
Ela era também o perfume do vento, a chuva,
e aquelas folhas que sempre fugiam de casa.
Talvez ela tenha se desmembrado em tanto ser.
Hoje não a vejo, não sinto,
não encontro mais onde ela poderia estar.
Hoje tenho medo que ela possa se perder,
se perder também de mim.
Não consigo reconhecê-la, não importa por onde eu ande.
se foram as flores e a poesia antiga, jogada por ai...
A gente vai crescendo e diminuindo, deixa de ser o que se é e vai fugindo de si, tudo por causa do medo, mas medo de que? de simplesmente ser a doce menina que se é. se a menina não é mais, cadê a menina... talvez tenha restado o poema ou até a arte de fazer poemas. sempre sobra muita coisa, essa é que a verdade. Beijos
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