EU NÃO SEI como vim parar aqui.
Abri os olhos e estava ali, no meio daquela montoeira de espelhos.
Vi meus problemas se esticarem,
vi meus medos ficarem bem mais gordinhos do que eu me lembrava.
Olhei pro lado e me vi toda pequena,
e do outro lado minha própria mão tava querendo me tapar a boca.
Só não achava por onde sair
Eu dava a volta por ali, e voltava pro mesmo lugar.
Era uma dança de ilusões, sentimentos e reações que sempre me traziam de volta.
Pro mesmo lugar.
Pro mesmo lugar.
Pro mesmo lugar.
Espelhos podem sempre ser quebrados. Ainda que isto possa resultar em alguns machucados. Aí cicatrizamos e não somos mais perseguidos por aquela imagem deformada de nós mesmos. Por outro lado a sala fica mais vazia.
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