sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

De novo

Te encontrei dentro do livro e no meio do filme.
No meio daquela conversa, onde parecia que não se falava de outra coisa.
Meti a mão no bolso e lá estava você, no papelzinho daquele dia que era só mais um dia.
Ali ó você na música que já mudou, no disco que continua tocando e teimando comigo..
Então desisto.
Entra, vem - te faço um café - temos bastante pra conversar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Sentou pra descansar como se fosse...

Sábado.
Levantou da cama, passou café, pegou o livro e foi ler na cadeira preferida da varanda.
Terminou o capítulo, fechou o livro, encostou a cadeira, lavou a xícara do café, a deixou para escorrer e assim preparada, morreu.
Quis ir assim, sem muito reboliço. Não queria incomodação nem depois de morta.
Simplesmente sentou, fechou os olhos e se deixou ir.
Um tanto banal, mas totalmente livre. Dona da sua própria morte.

(e flutuou no ar como se fosse um pássaro...)

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Muda sim

De uma enxurrada de coisas novas, ele foi rir justamente do meu amor recém descoberto por aquele livro de poesias.
Eu que nunca fui de dar muita trela aos versos (uma vergonha, ele diria)
Nem a cidade, nem o trabalho, nem a intenção que também é toda nova, ou os babados todos.
Nada disso surpreendeu aquele coração da cor de poeta.
Mas foi só eu me rasgar por aqueles versos e o riso veio.
É, a vida muda mesmo.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Garage Sale

Hoje escrevo em nome de todas as tristezas que tenho guardadas. 
Não há mais espaço. 
Pelos cômodos de mim elas se empilham e se amontoam e eu me sinto uma acumuladora, esbarrando em uma e outra enquanto passo.
Acumulando sentimentos que já não me servem. Emoções que já foram.
Então, pelo bem estar de todas as tristezas que tenho no peito, eu declaro que chega.
Hoje começo essa faxina!
Hei de me despedir de cada uma com amor para que plantadas na terra, não me dêem frutos que não quero.
Agora vai, tristeza, vai viver. Você já não cabe mais aqui.